Rentabilidade empresarial versus estruturas

Hélio Mendes Foto: Divulgação
Não basta jogar bem, tem que fazer gol, ou seja, tem que dar lucro
“Estrutura”, em se tratando de empresas no mercado, pode nos lembrar de um organograma, num primeiro momento. Mas podemos considerar várias estruturas: humana, tecnológica, um layout e muito mais. Sejam quais forem, as estruturas de um negócio têm de ser adaptativas, flexíveis e repensadas sempre.
As estruturas é que garantem a rentabilidade, principal aposta dos que investem e correm risco: empreendedores, associados, acionistas e cooperados. A principal razão que incentiva alguém a arriscar seus recursos em um negócio.
A rentabilidade é o principal termômetro e pode levar uma organização à falência quando não tomada a sério. Estranho que a maioria dos colaboradores desconhece esse fato – em muitas empresas é inclusive um tabu. Corresponde, no jogo de futebol, a fazer um gol na partida final de um campeonato: não basta jogar bem, tem que fazer gol, ou seja, tem que dar lucro.
Todos precisam ter informação e buscar a rentabilidade. Esse elemento não pode mais ficar restrito apenas à cúpula da empresa, porque a vida média das organizações tem diminuído. De acordo com estudo do professor Richard Foster, da Universidade de Yale, caiu de 67 anos, em 1920, para 15 anos. Essa expectativa de vida tende a diminuir ainda mais.
Para ter maior longevidade, a estrutura tem de ser orgânica, adaptativa. Não se pode manter o mesmo organograma por muito tempo, o mesmo layout, a mesma tecnologia, os mesmos produtos e serviços e, principalmente, o modelo de recrutamento, seleção e capacitação. Repito: as estruturas têm por objetivo garantir a rentabilidade da empresa, a obtenção de lucro.
Se em dezembro a sua empresa tem as mesmas estruturas de janeiro, é possível que, mesmo estando no azul, o estado de saúde geral da companhia está a desejar.

Hélio Mendes
Com mais de 1.500 artigos publicados, é consultor de empresas, foi secretário de Planejamento e Meio Ambiente de Uberlândia/ MG; é professor em cursos de pós-graduação e da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra – ADESG e membro do Instituto SAGRES – Política e Gestão Estratégica Aplicadas, de Brasília.