Calor e Voto em 2024

Por Cezar Honório Fotos Divulgação

No geral, a sensação é que os políticos brasileiros em nível municipal passam longe da pauta ambiental

O que você está fazendo no seu negócio para se adaptar ao fato de que as questões climáticas irão permear todos os segmentos econômicos do planeta nos próximos anos? Quais ajustes já fez ou irá fazer a curto prazo na estratégia? A questão aqui não é “se” mas “quando” a sua empresa ou carreira será fortemente impactadas pela falta ou excesso de chuvas ou pelo aumento das temperaturas. Isso sem falar na elevação do nível dos oceanos que pode engolir cidades inteiras num futuro não tão distante.

A escolha agora é para fi car do lado dos que irão aproveitar esse cenário assustador como oportunidade ou dos que serão atropelados pela realidade que, em Uberlândia, nos fez experimentar temperaturas de mais de 30 graus durante a noite. Não me lembro de um ambiente tão inóspito em termos de excesso de calor. Literalmente, nos faltou oxigênio.

O fato é que a questão ambiental, um tema mais restrito às discussões nacionais e internacionais, certamente irá entrar na pauta das eleições municipais de 2024. Especialmente na disputa para prefeito. Junto com saúde, educação e segurança pública, o eleitor quer saber o que os candidatos pensam sobre o aquecimento global e principalmente o que irão fazer no sentido de preparar a cidade para enfrentar os já inevitáveis eventos climáticos extremos.

No geral, a sensação é que os políticos brasileiros em nível municipal passam longe dessa pauta. Não têm sequer noção dos impactos para a zona urbana ou rural e menos ainda o que precisa ser feito para proteger a população dos efeitos provocados pela degradação humano ao meio ambiente.

O que o eleitor espera de um candidato a prefeito é: primeiro, noção da realidade. Negacionistas do clima não terão espaço para usar o tema ambiental para alimentar narrativas tão descoladas da realidade. Especialmente nas disputas majoritárias.

Segundo: os candidatos a prefeito, especialmente nas maiores cidades, terão que convencer o eleitor de que são capazes de enfrentar os problemas ambientais a partir de uma visão de futuro. Na prática, projetos que sejam, ao mesmo tempo, ousados e factíveis. Ações que extrapolem os quatro anos de mandato.

Sim, na questão ambiental, os políticos brasileiros terão que escapar da tentação das propostas fantasiosas redigidas pela equipe de marketing do candidato apenas para adoçar a boca do eleitor desavisado. Como estamos vendo e, principalmente sentido, a natureza não aceita desaforos.

Cezar Honório Teixeira

Sócio-fundador da Legatu, História de Marca e consultor sênior da CZ Gestão da Infl uência www.legatu.com.br legatuhistoriademarca@gmail.com

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