Com uma trajetória marcada pela inovação e liderança no setor de tecnologia, Edson Tavares, conhecido como Edinho, construiu uma carreira sólida atuando em grandes empresas e projetos que transformaram a forma como a tecnologia é aplicada nos negócios. Com passagem por companhias de renome e experiência internacional, ele se tornou uma referência quando o assunto é transformação digital, inteligência artificial e inovação estratégica. Atualmente, à frente da Digiall, ele acompanha de perto as tendências tecnológicas e ajuda empresas a se prepararem para o futuro. Nesta entrevista exclusiva para a Hub Club, ele compartilha sua visão sobre as revoluções que estão moldando o mercado, os desafios da digitalização e como empresários podem se posicionar para não ficarem para trás.

Hub Club: O mundo digital está evoluindo em uma velocidade impressionante. Quais as principais transformações que você enxerga acontecendo no setor de tecnologia?
Edinho: A principal transformação é a democratização da Inteligência Artificial. Assim como vimos a evolução do mainframe para o cliente-servidor, da web para o mobile e da computação local para a nuvem, agora estamos vivenciando a era da IA, que está se tornando acessível e aplicável em todos os setores, desde a otimização de processos até a criação de novos produtos e serviços. A gestão de dados se tornou o pilar central da transformação digital. As empresas que dominam a coleta, análise e uso de dados estão à frente da concorrência. A frase “data is the new oil” nunca foi tão verdadeira. A experiência do cliente está no centro de tudo. As empresas estão investindo em tecnologias que proporcionam experiências personalizadas, intuitivas e omnichannel. A IA tem um papel fundamental nesse sentido, permitindo a criação de interfaces inteligentes e preditivas.

Muitas empresas ainda estão tentando se adaptar à transformação digital. Quais os maiores desafios que elas enfrentam nesse processo?
O maior desafio é a mudança de mindset. As empresas precisam entender que a transformação digital não é apenas sobre tecnologia, mas sobre cultura, processos e pessoas. É preciso ter uma visão estratégica de longo prazo e investir em talentos que entendam de tecnologia e de negócios.
A falta de dados de qualidade é outro obstáculo. Muitas empresas ainda não têm seus dados centralizados, organizados e acessíveis. Sem dados de qualidade, é impossível tomar decisões estratégicas e implementar soluções de IA eficazes.
A resistência à mudança também é um fator importante. Muitas vezes, os colaboradores se sentem ameaçados pela tecnologia e resistem à adoção de novas ferramentas e processos. É fundamental investir em comunicação e treinamento para engajar as pessoas na transformação digital.

Quais erros mais comuns as empresas cometem ao tentar modernizar seus processos e implementar tecnologia?
Um erro comum é começar pela tecnologia e não pelos problemas de negócio. É preciso identificar as áreas que mais precisam de melhorias e buscar soluções tecnológicas que realmente resolvam esses problemas. Outro erro é não investir em segurança da informação. Com o aumento do uso de dados e da conectividade, as empresas estão mais vulneráveis a ataques cibernéticos. É fundamental ter uma estratégia de segurança robusta e investir em soluções de proteção de dados.
Muitas empresas também não se preocupam com a escalabilidade das soluções. É importante escolher tecnologias que possam crescer junto com o negócio e que não se tornem obsoletas rapidamente.

A Inteligência Artificial tem sido um dos assuntos mais comentados no mundo dos negócios. Qual você acredita que será o maior impacto da IA no mercado nos próximos anos?
A IA vai revolucionar a forma como as empresas operam e competem. As empresas que utilizarem a IA de forma estratégica poderão automatizar tarefas, otimizar processos, personalizar a experiência do cliente e criar novos produtos e serviços inovadores.
A IA também vai impactar o mercado de trabalho. Algumas profissões serão extintas, mas outras serão criadas. É importante que as pessoas se preparem para essa mudança, desenvolvendo habilidades em áreas como tecnologia, análise de dados e criatividade.
A IA vai gerar um aumento significativo da produtividade e da eficiência. As empresas poderão produzir mais com menos recursos, o que terá um impacto positivo na economia global.

Muitas empresas têm receio da IA substituir empregos, enquanto outras enxergam oportunidades. Como você vê essa relação entre IA e o mercado de trabalho?
A IA é uma ferramenta poderosa que pode complementar o trabalho humano, mas não substituí-lo completamente. As máquinas são boas em tarefas repetitivas e padronizadas, mas os humanos são melhores em tarefas que exigem criatividade, empatia e pensamento crítico.
A IA vai gerar novas oportunidades de trabalho em áreas como desenvolvimento de software, análise de dados, inteligência de negócios e design de experiência do usuário. É importante que as pessoas se qualifiquem para essas novas profissões.
A IA também vai exigir uma mudança na forma como as empresas gerenciam seus talentos. As empresas precisarão investir em treinamento e desenvolvimento para preparar seus colaboradores para a era da IA.

Para um empresário que ainda não investiu em IA no seu negócio, por onde começar?
O primeiro passo é entender o potencial da IA para o seu negócio. É preciso identificar as áreas onde ela pode gerar mais valor e definir objetivos claros e realistas.
O segundo passo é coletar e organizar os dados. A IA precisa de dados para funcionar, por isso é fundamental ter uma base de dados sólida e confiável.
O terceiro passo é escolher as ferramentas e tecnologias certas. Existem diversas soluções de IA disponíveis no mercado, é importante escolher aquelas que melhor se adequam às necessidades do seu negócio.
O quarto passo é começar pequeno e experimentar. Não é preciso implementar soluções complexas logo de cara. É possível começar com projetos piloto em áreas específicas e ir expandindo gradualmente.
O quinto passo é acompanhar os resultados e aprender com os erros. A implementação de IA é um processo contínuo que exige monitoramento, avaliação e ajustes constantes.

Você acredita que toda empresa, independentemente do porte ou segmento, precisa investir em tecnologia para se manter competitiva?
Sim, toda empresa precisa investir em tecnologia para se manter competitiva. A tecnologia é fundamental para otimizar processos, reduzir custos, aumentar a produtividade, melhorar a experiência do cliente e criar novos produtos e serviços. As empresas que não investem em tecnologia correm o risco de ficar para trás e perder mercado para concorrentes mais inovadores. Mesmo as pequenas empresas podem se beneficiar da tecnologia. Existem diversas soluções acessíveis e fáceis de usar que podem ajudá-las a crescer e competir em um mercado cada vez mais digital.

Pequenas e médias empresas, muitas vezes, veem a inovação como algo inacessível. Que estratégias podem ser adotadas para que elas também aproveitem as oportunidades do digital?
As pequenas e médias empresas podem começar investindo em soluções de baixo custo e fáceis de usar, como softwares de gestão, ferramentas de marketing digital e plataformas de e-commerce. Elas também podem buscar parcerias com outras empresas e startups que oferecem soluções inovadoras.
É importante que as pequenas e médias empresas invistam em treinamento e capacitação para que seus colaboradores possam utilizar as novas tecnologias de forma eficaz e também podem participar de programas de incentivo e linhas de crédito oferecidas pelo governo e por outras instituições.

No Brasil, a digitalização dos negócios está acontecendo em um ritmo mais lento do que em outros países. O que falta para avançarmos mais rapidamente?
Faltam investimentos em infraestrutura. O Brasil ainda tem uma internet lenta e cara, o que dificulta a adoção de tecnologias digitais por parte das empresas e da população.
Falta cultura de inovação. Muitas empresas brasileiras ainda têm uma visão tradicional de negócios e resistem à adoção de novas tecnologias.
Falta mão de obra qualificada. O Brasil precisa formar mais profissionais em áreas como tecnologia, análise de dados e inteligência artificial.
Falta regulação adequada. O governo precisa criar um ambiente regulatório que incentive a inovação e a competição, sem criar obstáculos desnecessários.
O mercado de tecnologia e inovação está sempre em evolução. Como a Digiall acompanha essas mudanças e se mantém competitiva?
A Digiall investe em pesquisa e desenvolvimento para acompanhar as últimas tendências do mercado e antecipar as necessidades dos clientes. Também mantém uma equipe de especialistas em diversas áreas da tecnologia, que estão sempre atualizados com as novidades do mercado. Participa de eventos e feiras do setor para se manter conectada com as últimas inovações e conhecer novas empresas e startups e ouve atentamente seus clientes para entender suas necessidades e oferecer soluções personalizadas e inovadoras.
Como a transformação digital tem influenciado a relação da Digiall com os clientes?
A transformação digital tem permitido que a Digiall ofereça um atendimento mais ágil, personalizado e eficiente aos seus clientes, utilizando ferramentas digitais para se comunicar, como chatbots, redes sociais e e-mail marketing. Oferecemos ainda soluções online para que os clientes possam acessar seus produtos e serviços de forma rápida e fácil, além de utilizar a análise de dados para entender o comportamento dos clientes e oferecer produtos e serviços mais relevantes.

Olhando para o futuro, quais tecnologias você acredita que terão um papel mais transformador no mundo dos negócios?
A Inteligência Artificial será a tecnologia mais transformadora, impulsionando a automação, a personalização e a tomada de decisões estratégicas.
A computação quântica, ainda em desenvolvimento, promete revolucionar áreas como medicina, materiais e otimização de processos. A biotecnologia, com avanços na edição genética e na medicina personalizada, transformará a saúde e o bem-estar.
A realidade virtual e aumentada criarão novas experiências para clientes e colaboradores, impactando setores como varejo, educação e entretenimento.

O que você acredita que será tendência no mercado de tecnologia e inovação nos próximos cinco anos?
A Inteligência Artificial se tornará ainda mais presente em nosso dia a dia, com aplicações em todos os setores.
A computação na borda (edge computing) ganhará força, permitindo o processamento de dados mais próximo das fontes e reduzindo a latência. A cibersegurança será uma preocupação crescente, com o aumento das ameaças e a necessidade de proteger dados e sistemas. A sustentabilidade se tornará um fator chave na inovação, com empresas buscando soluções que reduzam o impacto ambiental.

Em tempos de mudanças rápidas, como um empresário pode manter sua empresa sempre atualizada e competitiva?
A principal dica é ter uma cultura de aprendizado contínuo. É preciso estar sempre atento às novidades, experimentar novas tecnologias e investir em treinamento para a equipe.
A colaboração com outras empresas e startups também é fundamental. É importante estar aberto a parcerias e compartilhar conhecimentos.
A flexibilidade e a capacidade de adaptação são essenciais. O mercado muda rapidamente e é preciso estar pronto para ajustar a rota quando necessário.
A gestão de dados é um fator chave. As empresas que dominam a coleta, análise e uso de dados estão mais preparadas para tomar decisões estratégicas e inovar.

A tecnologia muda, mas a essência do negócio precisa ser preservada. Como equilibrar inovação com propósito e identidade empresarial?
A inovação deve estar alinhada com o propósito e a identidade da empresa. É importante buscar soluções que fortaleçam a marca e que estejam de acordo com os valores da empresa. A comunicação é fundamental. É preciso comunicar aos colaboradores e aos clientes por que a empresa está inovando e como essa inovação se conecta com a essência do negócio.
A experimentação é importante, mas é preciso ter cuidado para não perder a identidade da empresa no processo. É importante testar novas ideias, mas sem se afastar daquilo que faz a empresa única.

Para empreendedores que querem se destacar no cenário digital, qual conselho você daria?
Meu principal conselho é: seja curioso e apaixonado por tecnologia. É preciso estar sempre aprendendo e experimentando coisas novas.
Não tenha medo de errar. A inovação é um processo que envolve erros e acertos. É importante aprender com os erros e seguir em frente.
Construa uma equipe talentosa e engajada. As pessoas são o principal ativo de qualquer empresa.
Tenha uma visão clara do futuro e trabalhe duro para alcançar seus objetivos. O sucesso no mundo digital exige planejamento, dedicação e perseverança.

Em um cenário de constantes mudanças, qual é o segredo para manter uma empresa inovadora e sustentável?
O segredo é ter uma cultura de inovação e sustentabilidade. É preciso incentivar a criatividade, a experimentação e a busca por soluções que reduzam o impacto ambiental. É importante ter uma gestão eficiente dos recursos. As empresas inovadoras e sustentáveis utilizam seus recursos de forma inteligente, evitando desperdícios e buscando alternativas mais eficientes. É fundamental ter um relacionamento transparente e ético com os stakeholders. As empresas inovadoras e sustentáveis se preocupam com o impacto de suas ações na sociedade e no meio ambiente.
É preciso ter uma visão de longo prazo. As empresas inovadoras e sustentáveis pensam no futuro e investem em soluções que garantam a longevidade do negócio