A fila anda – Brasil em 2025: entre safras, surpresas e soluções econômicas

Ah, o Brasil! Terra onde o PIB é tão instável quanto um goleiro sem luva e onde os economistas vivem em um eterno samba atravessado tentando prever o futuro. Mas eis que chegamos a 2025, um ano que promete surpresas na economia, algumas boas, outras… digamos, “emocionantes”. Vamos explorar o cenário atual, destacando os pontos positivos, os desafios e, claro, o nosso eterno herói econômico: o agronegócio.
A economia em 2025: copo meio cheio (ou meio derramado?)
Para começar com boas notícias (porque a gente precisa dar um incentivo para você seguir lendo), a economia brasileira mostra sinais de resiliência. A inflação, a vilã dos nossos pesadelos financeiros, é um Deus nos acuda! E dependendo do andar da carruagem (em ruas e estradas que nem merecem comentário) pode ser que só Ele mesmo e, quem sabe, com a política monetária tão ajustada que já parece um espartilho, possa se comportar melhor. O PIB também apresenta crescimento, puxado por setores como tecnologia, serviços e o nosso amado agronegócio, só não pode ser bombada por injeções perigosas e desde que o dólar decida não nos pregar tantas peças. Ainda que o desemprego em queda possa ser como aquele bolo que a vovó faz tão gostoso, mas não nos fornece a receita por pura dor de cotovelo, esta queda precisa ser uma boa notícia.
Mas não sejamos ingênuos. A economia brasileira ainda precisa lidar com desafios como a dívida pública em alta (afinal, pública vem de povo?), reformas que se arrastam mais do que fila de banco em dia de pagamento e a sempre presente instabilidade política que faz qualquer investidor tremer antes de colocar dinheiro por aqui. Podemos, claro, contar com nossa astúcia ou a força do castelo de Grayskull e quem sabe até o poder do martelo de Thor.
O agronegócio: sempre ele, sempre gigante
Não podemos perder da memória – e das orações – o setor que continua segurando o Brasil pelo colarinho e impedindo uma queda livre: o agronegócio. Em 2025, o setor segue como um dos principais motores da economia, impulsionado por inovações tecnológicas, aumento da produtividade e uma demanda global que hora sim, hora não, se mostra aquecida. O Brasil continua como um dos maiores exportadores de soja, carne café e uma salada de outros produtos deliciosos abastecendo mesas ao redor do mundo e garantindo que nosso saldo comercial não entre em colapso.
Mas nem tudo são flores no campo. O setor enfrenta desafios como a pressão ambiental, com cobranças internacionais cada vez mais severas sobre desmatamento e sustentabilidade, ainda que possamos provar que o setor é campeão até nisto. Além disso, os altos custos logísticos seguem sendo um problema crônico: exportar soja do Brasil às vezes sai mais caro que importar tecnologia de Marte. E, claro, a política também interfere, com questões tributárias que podem dificultar a vida do produtor. No fim, só não podemos contar com o “noves fora nada” (não sabe o que é ou não faz essa conta? Hummm… melhor aprender pois empates não dão títulos no campeonato da vida).
Vamos reforçar um contexto que precisa ser lido todo dia: o agronegócio é um setor igual cebola fresca na mão do cozinheiro, pronto para entrar em qualquer receita, apesar de ter aquele jeitinho caipira que a gente adora subestimar. Agora, antes que me acusem de puxa-saquismo, deixo claro: esse setor não se sustenta sozinho. Ele é influenciado por tudo e influencia tudo – como aquela tia fofoqueira que fica sabendo dos babados primeiro e faz questão de espalhar para a família inteira. Não é engraçado, mas o agronegócio, às vezes, é tratado como se fosse um rolê paralelo, tipo um clube exclusivo cuja carteirinha a gente acha que não tem. E assim, nessa grande miscelânea de interesses e inovações, o campo e a cidade ficam grudados como feijão e arroz. Quer dizer, não são mais tempos em que o carro de boi era a maior tecnologia disponível e muito menos época de achar que a agricultura não interfere no PIB.
O que esperar do futuro?
Se fôssemos apostar (com moderação, claro), o cenário de 2025 indica que o Brasil precisa de uma trajetória de crescimento, mas sem a nossa famosa “emoção”. O agronegócio deve seguir forte, desde que consiga equilibrar produção, custos, rentabilidade, uma boa dose de fé na responsabilidade de quem ‘manda’ e sustentabilidade contínua. O setor de tecnologia também desponta como uma nova fronteira econômica, trazendo soluções inovadoras e novas oportunidades de negócios. Yes! We are tech!
No fim das contas, o Brasil é aquele aluno esforçado, mas que sempre deixa para estudar na véspera da prova. Se soubermos aproveitar as oportunidades e enfrentar os desafios de frente, podemos transformar 2025 em um ano de progresso real. Caso contrário, seguimos na tradição de torcer para que, no próximo ano, “agora vai!”.
Falando em impactos, não tem nada mais brasileiro do que a gente rir para não chorar quando surge uma boa crise, concorda? Aquele velho ditado de que “a cada dez anos o Brasil enfrenta uns quinze desafios diferentes” parece até piada, mas, por incrível que pareça, funciona como um estímulo para a criatividade. Somos campeões mundiais em inventar jeitos de contornar problema – só não pode ser tudo na base da gambiarra, não tem graça. Aprendamos com o campo, um povo que faz milagre: desde mudar o planejamento de safra para driblar uma geada surpresa até investir em tecnologias para lidar com secas, dilúvios e pragas que decidem dar as caras quando não foram chamadas (a famosa “visita inconveniente”).
Quer exemplo mais divertido do que quando o câmbio tem crises de identidade e resolve valorizar ou desvalorizar o real como quem troca de roupa no meio de uma festa? O produtor rural que está de olho na exportação da soja ganha, perde, volta a ganhar e se estressa todo de novo, mas no fim encontra algum jeito de gerar superproduções e quinhões para todos (não confunda com termos eleitoreiros). Enquanto isso, as demais cadeias produtivas, às vezes, vivem o samba que desafina, todo mundo rodopiando, sem saber para que lado o maestro da economia vai apontar a batuta na próxima rodada. E ainda assim não vamos parar de apontar o leme para a frente
Mas, olha só, com sarcasmo e tudo, a verdade é que cada tropeço gera uma boa oportunidade. A variação cambial, por exemplo, estimula o pessoal a pensar: “E se eu agregasse valor ao produto lá na fazenda mesmo, para não ficar só exportando commodity in natura?”. E pronto, nasce uma indústria local que processa o grão, gera emprego e diversifica a economia. É praticamente o “faça você mesmo” versão agro. Toda essa movimentação cria um efeito dominó que atinge também o comércio, os serviços de transporte, a publicidade e, pasmem, até a moda (porque, sejamos sinceros, bota e chapéu já entraram no guarda-roupa urbano faz tempo).
Agora, não dá para negar que a gente coleciona adversidades dignas de uma novela mexicana: secas pra todo o lado, enchentes sem aviso, oscilações de preços no mercado internacional, falta de investimentos em infraestrutura e por aí vai. Ainda assim, o mais curioso é que, diante de cada encrenca, o brasileiro descobre uma forma nova de empacotar esse problema e vender como oportunidade. No agro, podemos até fazer uma linha do tempo: na crise hídrica, investimos em irrigação eficiente e tecnologias que conseguem produzir mais com menos água. Aí a crise climática bate à porta, então surgem consultorias especializadas em sustentabilidade e o pessoal começa a pensar em energia solar no meio do canavial, transformando o sol em parceiro de negócios – claro, com muito protetor solar empresarial.
É o ciclo do agronegócio, abraçando o urbano, que por sua vez financia novas ideias, gerando um eterno beija-flor no pescoço do outro.
E quando a gente pensa nos entraves políticos e tributários? Esse é o verdadeiro enredo de comédia nacional. Impostos que variam conforme humor do governo, regulações que parecem testamento antigo, burocracia que faz fila de despacho mais longa que a do pão quentinho da padaria. Só que, no meio disso tudo, aprendemos a desenvolver parcerias, seja com startups de logística, seja com empresas de consultoria que sabem navegar nesses mares revoltos. E a engrenagem continua, levando a economia inteira a se mexer, porque se tem demanda, tem alguém atrás para oferecer. Some-se a isso a digitalização forçada por pandemias e crises e pronto: se antes só tinha fila de banco, agora temos fila de reuniões por videoconferência – e lembremos que ele, o agronegócio, entrou firme na onda digital, fazendo desde leilão de gado pelo celular até vendendo frutas em marketplace.
No fim das contas, essa relação de “toma lá, dá cá” entre agronegócio e os outros setores não deixa ninguém de fora do jogo. Só que, para continuar a brincadeira, precisamos reconhecer as falhas e, mais importante, saber rir delas. Olha que bonito: o mesmo produtor que sofre com a falta de crédito é aquele que, quando consegue captar, impulsiona a indústria de fertilizantes, que por sua vez contrata mais gente, que vai consumir no comércio local, girando a roda. E o comércio, esse safadinho, aproveita para vender aquele sapato extra, financiando a cadeia de couro que vem lá das fazendas. No final, o bolo cresce e, se Deus quiser (e o clima deixar), tem fatia para todo mundo.
Claro que pode parecer brincadeira, mas a moral aqui é séria: cada desafio, quando bem analisado, vira uma chance de melhoria. Se a natureza apronta, a gente aprende a cultivar novas variedades ou a empregar tecnologia de ponta para prever a próxima tempestade. Se o mercado internacional desestabiliza, a gente ajusta o preço, busca novos compradores ou investe em agregar valor.
No fim, a economia brasileira, que não perde a chance criar de um bom drama, vai dando seus pulos e, no meio disso tudo, se reinventa, desde a indústria, comércio, serviços, tecnologia e o que mais se dispuser. Ironia? Pode ser. Mas com um fundinho de orgulho também. Porque, se tem algo que define este país, é a capacidade de pegar perrengue e transformar em oportunidade. Uma realidade que também precisa se transformar é o fato de que o dinheiro nosso de todo dia não terá mais o mesmo valor como moeda de compra. E não é questão cambial, mas sim o ajuste para cima do preço do capital e também, nesse momento, há os que ficam de olho no gato e outros de olho no peixe. Outros tantos podem desaparecer por ficar somente pisando em brasas. Para entender esse enredo mexicano basta imaginar a seguinte cena: um edifício de cinco andares é desmanchado cuidadosamente para ser reconstruído. Lá moravam trinta pessoas e agora o material só permitiu construir-se um novo prédio de três andares e quem vai morar lá são as mesmas trinta pessoas. Sabe o que é bom? Mesmo tendo de conviver com mesmo capital mais caro, como numa festa de família, o agro é aquele parente que todo mundo jura que “nasceu no interior e não entende de nada”, mas, na hora do vamos ver, é ele que traz o prato principal e ainda lava a louça depois. E faz isso comemorando cada safra, cada exportação, cada parceria que brota do nada.
E por isso, diante de tantos desafios, nossa economia e o nosso agronegócio continuam a mostrar que, no Brasil, as crises podem ser longas – mas jamais eternas. Basta um empurrãozinho, um bocado de flexibilidade e aquela pitada de irreverência que a gente já conhece, para tudo virar um bom negócio. Enquanto houver vontade de aprender e criar, haveremos de semear e colher bons frutos. E, claro, com o máximo de humor, porque, se for para sair da crise, que seja com um belo sorriso (de preferência acompanhado de um pãozinho de queijo produzido no interior, para deixar tudo ainda mais delicioso). Afinal, a gente merece, né?
Adalberto Deluca é Consultor em Gestão Empresarial e Marketing
