Uberlândia teve 50% de aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave e 4 mortes

Com os 28 leitos do Centro de Internação Pediátrico lotados há mais de cinco semanas e um aumento de 50% na procura por atendimentos relacionados a doenças respiratórias, Uberlândia enfrenta um cenário emergencial na saúde pública. A alta na demanda em casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente entre crianças, levou a cidade a decretar emergência em saúde no início deste mês de maio.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Adenilson Lima, a consequência direta da sobrecarga é o aumento do tempo de espera, e que os adultos estão sendo atendidos em sua totalidade.

Além da pressão sobre os atendimentos, a cidade contabiliza quatro mortes por SRAG em 2025, de acordo com informações do Sistema Epidemiológico da Prefeitura. Os perfis das vítimas ainda não foram divulgados.
Cobertura vacinal
Outro fator que preocupa as autoridades é a cobertura vacinal contra a gripe. Entre os idosos, apenas 46% se vacinaram até agora, o índice é ainda mais baixo entre as crianças de 6 meses até 6 anos, com 20% de cobertura, e 27% entre as gestantes.
“Estamos incentivando a vacinação em massa, a população precisa se vacinar, e a imunidade começa a se formar de duas a três semanas após a aplicação da dose”, reforçou Lima.
A vacinação contra a gripe já está disponível em todas as unidades de saúde de Uberlândia. Atualmente, a cidade conta com 75 salas de vacinação funcionando em horários variados, confira os detalhes no portal da Prefeitura.
Reforço no atendimento e expectativa de recursos
Com a alta expressiva de casos de SRAG, a Prefeitura de Uberlândia decretou estado de emergência em saúde pública no último dia 6 de maio. A decisão acompanha o movimento do governo de Minas Gerais, que também declarou emergência em todo o estado diante do avanço da doença.
A cidade já iniciou a captação de recursos federais, que, segundo o secretário, devem ser liberados até junho. Enquanto o repasse não chega, o município ampliou a escala de profissionais para aumentar o número de atendimentos e já fez compras de medicamentos e materiais hospitalares.
“Aumentamos a escala para garantir mais atendimentos e estamos preparados para expandir os leitos de internação se a situação exigir. A nossa capacidade instalada está em operação máxima neste momento”, disse Lima.
Além da reestruturação das escalas médicas e da ampliação dos horários de atendimento, há também o reforço nas unidades de hidratação das Unidades de Atendimento Integrado (UAIs).
