Adaptagilidade – O que é e como se tornar um agente de mudança em um mundo ágil

Da redação – fotos divulgação

A mudança não pede permissão. Ela chega, muitas vezes, de forma silenciosa, e outras, como um vendaval. Mas uma coisa é certa: ela é inevitável. Ainda assim, resistimos. Por quê?

Foi tentando responder a essa inquietação que nasceu o conceito de adaptagilidade. Muito mais do que uma palavra nova, adaptagilidade propõe uma virada de chave no modo como encaramos o futuro, tomamos decisões e nos posicionamos em contextos de incerteza. Trata-se de desenvolver a habilidade de transitar entre o que precisa continuar e o que precisa ser transformado. É a competência de agir com consistência sem perder a capacidade de improviso. De lidar com o caos sem abrir mão da direção.

O que é adaptagilidade?
Adaptagilidade é a capacidade de agir com intencionalidade em contextos incertos. É liderar transformações com clareza, mesmo sem todas as respostas. Mais do que se adaptar ao que muda, trata-se de atuar como um agente de mudança, provocando movimento e construindo significado enquanto o caminho se forma.

Adaptagilidade não é apenas sobre velocidade ou flexibilidade. É sobre consciência. É uma postura que combina estratégia, presença e coragem. Quem desenvolve essa competência entende que estabilidade e transformação não são opostos: são dimensões que precisam coexistir.

A mudança como certeza emocionalmente desafiadora
Todo mundo sabe que o mundo muda. A diferença está em como cada um lida com isso. A constatação é simples, mas incômoda: a mudança não é lógica. É emocional.
Não é por falta de dados, argumentos ou planejamento que uma mudança falha. Muitas vezes, é porque ela desafia nossa zona de segurança. Ela coloca em risco a reputação, expõe a vulnerabilidade, exige ações sem garantias. É por isso que mudanças profundas exigem mais do que metodologia: exigem coragem emocional.

E é justamente aí que entra a adaptagilidade: como uma competência emocional e comportamental que sustenta a ação em meio ao desconhecido.

A zona de insegurança e o paradoxo do desconforto seguro
Um dos conceitos mais fortes é a zona de insegurança. Ao contrário da zona de conforto, ela representa o espaço onde o conhecimento anterior não garante resultado, onde a reputação não assegura o próximo passo e onde errar é parte inevitável do processo.

Muitas pessoas, equipes e empresas evitam entrar nessa zona porque ela fere nossa necessidade de controle. Preferimos um “ruim conhecido” do que um “novo incerto”. Mas é justamente nesse espaço que surgem as maiores possibilidades de evolução.

Adaptagilidade é, portanto, a competência de sustentar a presença nessa zona, agir mesmo sem garantias e aprender com velocidade.

O que nos impede de mudar de verdade?
Um dos maiores impeditivos da mudança é tentarmos racionalizá-la demais. Tentamos convencer, provar, justificar. Mas esquecemos que a transformação é um processo que precisa primeiro conectar emocionalmente.

Mudanças verdadeiras não começam com planilhas. Começam na relação, na escuta, na coragem de admitir que o caminho antigo não serve mais. A adaptagilidade é a ponte entre essa escuta sensível e a ação firme. Entre a empatia e a entrega.
O mundo vai continuar mudando. A questão é: quem você escolhe ser nesse movimento?
Eu escolhi ser um agente de mudança.
E convido você a fazer o mesmo — desenvolvendo a adaptagilidade como uma aliada nas suas decisões, relações e jornadas de transformação.

Essa é a reflexão central do meu livro Adaptagilidade: como se tornar um agente de mudança em um mundo ágil, onde compartilho aprendizados da vida real, vividos dentro e fora das organizações, e proponho caminhos para agir com coragem, consciência e sentido.
Te convido a conhecer o livro e seguir comigo nessa conversa sobre o futuro que já começou.

Ricardo Rocha é executivo com mais de 20 anos de experiência em liderança, transformação cultural e estratégia organizacional. Um dos líderes na transformação digital do Magazine Luiza, esteve à frente de iniciativas que revolucionaram o cenário figital no Brasil, como o Parceiro Magalu e o LuizaLabs.

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