Neto Fog – A emoção do rock acústico que conquista o Brasil

Carolina Barros | Fotos Divulgação
Em entrevista exclusiva à Revista Hub Club, o cantor Neto Fog revela suas inspirações, desafios e o sucesso do seu mais recente DVD, que já soma mais de 1 milhão de visualizações no YouTube. O lançamento foi em maio, no London Pub.
Neto Fog é uma expressão autêntica do rock brasileiro, combinando sua paixão pela música desde a adolescência com uma abordagem que valoriza a sinceridade e a emoção do formato acústico. Nesta conversa, ele compartilha suas inspirações, a importância do som cru e íntimo, além de falar sobre os desafios e sonhos que permeiam sua trajetória artística.
Como começou sua trajetória no Rock and Roll? Quais foram suas principais influências?
Minha trajetória no Rock and Roll começou ainda na adolescência. Sempre fui apaixonado por música e, desde cedo, bandas como Legião Urbana, Barão Vermelho, Capital Inicial e os clássicos do rock internacional fizeram parte da minha vida. Comecei tocando em bares e festivais, buscando espaço, mas sempre com muita entrega e verdade no que eu fazia. O rock foi o lugar onde encontrei minha voz e a forma mais honesta de me expressar.
O formato acústico é uma parte importante do seu trabalho. O que você mais gosta nesse estilo e como ele se relaciona com sua visão de Rock and Roll?
O acústico me conecta de forma direta com as pessoas. Ele deixa a música mais crua, mais próxima da emoção. Gosto do silêncio entre as notas, da sinceridade do violão, da proximidade com o público. É um formato que exige muito do artista, porque não tem onde se esconder – é alma e voz. E pra mim, isso é Rock and Roll também: verdade sem firula.
Você acabou de lançar um novo DVD em Uberlândia e já comemora mais de 1 milhão de views no Youtube. É algo bem expressivo. O que isso significa para você?
Esse novo DVD, gravado em Uberlândia, é um marco na minha trajetória. Em apenas três meses, já alcançamos 1 milhão de views no YouTube. É algo muito expressivo e que mostra a força do nosso som. É uma resposta do público, uma prova de que a música está chegando e tocando as pessoas. Os fãs podem esperar um show intimista, intenso, com versões especiais das músicas que marcaram a turnê. Teve muito cuidado na produção, nas imagens, nos arranjos… é um retrato fiel do que eu sou hoje como artista.
Qual é a relação entre música e emoção? Suas experiências pessoais influenciam suas canções?
Pra mim, música é emoção pura. Cada canção carrega uma memória, um sentimento, uma história. Minhas experiências pessoais estão em tudo que escrevo – das alegrias às dores. Já fui muito inspirado por momentos específicos, por pessoas que passaram pela minha vida, por situações do cotidiano. O processo de composição pode ser rápido ou demorado. Às vezes vem de uma frase solta, às vezes de uma melodia que insiste na minha cabeça. Mas sempre parte do coração.
Como você vê a evolução do Rock and Roll nacional, especialmente na sua vertente acústica, ao longo dos anos?
Acho que o acústico trouxe um novo olhar para o Rock Nacional. Ele mostrou que dá pra ser intenso mesmo sem distorção. Nos anos 90, os acústicos da MTV abriram um caminho importante. Hoje, vejo uma nova geração se reconectando com esse formato e isso me anima. É o Rock mostrando que pode evoluir sem perder a essência.
Você já teve algumas colaborações interessantes. Tem algum artista com quem você gostaria de trabalhar e que ainda não teve a oportunidade?
Tive a felicidade de dividir palco e projetos com artistas incríveis. Cada colaboração me ensinou algo novo. Ainda tenho vontade de trabalhar com alguns nomes que admiro muito, como Nando Reis, Ana Carolina, ou até artistas mais novos com uma pegada autêntica. A mistura de estilos sempre traz surpresas boas.
Quais desafios os músicos enfrentam atualmente na indústria musical, especialmente no Rock e no formato acústico?
Hoje, o maior desafio é se manter visível em meio à tanta informação. A velocidade da internet mudou tudo e o artista precisa ser músico, produtor, marqueteiro… E no Rock, que é um gênero menos explorado pela grande mídia atualmente, a resistência é diária. Mas é justamente isso que faz valer a pena: quem segue no Rock hoje é porque realmente acredita.
Que mensagem você deixa para seus fãs?
Quero agradecer de coração a todos que acompanham meu trabalho, compartilham, comentam, vão aos shows. O lançamento desse DVD em Uberlândia é um presente meu pra vocês. Espero que cada música toque fundo, que vocês se sintam parte dessa história – porque são. Nos vemos no show!

